Em nota oficial, o recém-eleito presidente do Senado Federal, Renan
Calheiros, comentou o manifesto na internet que pede a sua saída do
cargo.
No texto Renan Calheiros afirma que o
movimento é "lícito e saudável" e "indica que a sociedade quer um
Congresso mais ágil e preocupado com os problemas dos cidadãos".
Manifestação
– Desde antes da eleição para a presidência do Senado, manifestantes
tentaram convencer os parlamentares a não colocar como presidente da
Casa o senador Renan Calheiros.
No dia da eleição,
manifestantes chegaram cedo ao Senado para entregar aos políticos mais
de 290 mil assinaturas de uma petição contra a candidatura, porém foram
impedidos de entrar no local.
O documento foi
organizado pela internet e pedia o compromisso dos senadores com a
eleição de um presidente ficha limpa, o que não seria o caso de
Calheiros que foi denunciado no dia 25 de janeiro, pelo procurador-geral
da República, Roberto Gurgel, por uso de notas fiscais frias para pagar
pensão alimentícia.
Mesmo após a eleição, a
manifestação está espalhada nas mídias sociais para que ocorra o
impeachment do atual presidente. Já são mais de 470 mil pessoas que
assinaram o manifesto da organização Avaaz.
Veja abaixo a íntegra da nota:
"A
mobilização na Internet é lícita e saudável, principalmente, entre os
jovens. Fui líder estudantil, todos sabem, e também usei as ferramentas
da época para pressionar. O número de assinaturas não é tão importante
quanto a mensagem, o que importa é saber que a sociedade quer um
Congresso mais ágil e preocupado com os problemas dos cidadãos. E assim o
será.
O Congresso Nacional vai
trabalhar para garantir o maior desenvolvimento do Brasil. Vou conversar
na segunda-feira com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves,
para que possamos colocar em votação as matérias necessárias ao
crescimento do país, de forma sustentável e duradoura.
Temos
que tornar o Brasil mais fácil, fazer a reforma tributária, política,
propor medidas de combate à criminalidade, enfrentar a questão dos
vetos.
Do ponto de vista
administrativo, teremos no Senado uma gestão austera, com corte de
gastos, transparência e o fim da redundância de estruturas.
Vamos
convidar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco
Central, Alexandre Tombini, para avaliar como, juntos, poderemos ajudar a
economia do país, ajudar na geração de empregos e renda e afastar o
fantasma da inflação.
Nas
últimas décadas, o Brasil avançou bastante nos conceitos modernos,
ganhamos prestígio internacional. E o Congresso Nacional teve papel
decisivo nesse processo. Não podemos recuar no tempo e abrir mão dos
avanços conquistados.
Renan Calheiros
Presidente do Senado Federal"
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