quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

AS PICHAÇÕES EM CAMPINAS - DEVANEIOS E SOLUÇÕES


Campinas é uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes, sendo que 98% dessa população habita nas zonas urbanas.

A EMDEC (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), através da CIMCamp (Central Integrada de Monitoramento de Campinas), gastou rios de dinheiro para instalar cerca de 330 câmeras de monitoramento nas regiões centrais da cidade, local onde as pichações são mais frequentes.

Toda tecnologia de câmeras do CIMCamp é da Bosch, assim como os conversores de vídeo analógico/digital, clientes e servidores do sistema de gerenciamento de imagem, e teclados tipo joystick para o controle de câmeras Dome. Atualmente o projeto conta com 330 câmeras, parte delas já puramente IP. São 206 câmera fixas para baixa luminosidade, 124 câmeras Dome, 132 conversores de vídeo analógico/digital, 17 clientes e 10 servidores dedicados a gerenciar as imagens.

A central integrada de Campinas conta ainda com 28 estações de trabalho Dell; cerca de 100 Switch Ethernet 3Com; mais de 40 estações rádio base ponto a ponto, multiponto e rádio de alta capacidade, com tecnologia da Alvarion; além de dezenas de conversores eletro/óptico, uma central de telefonia IP Cisco, e cerca de 140 Km de fibra óptica da Furukawa. 

Essa Central de Monitoramento funciona 24 horas por dia e sete dias por semana, ou seja, o seu trabalho é ininterrupto.



Foram gastos cerca de 4,5 milhões de reais na implantação do sistema de monitoramento em Campinas, segundo diz Alexandre Moneda, assessor da diretoria de tecnologia e monitoramento da CIMCamp, sendo que o custo de cada câmera varia de R$ 10 mil a R$ 20 mil, mas o valor total por ponto instalado pode chegar a R$ 100 mil.

Ora, se temos 330 câmeras de monitoramento já instaladas, supõe-se que até hoje foram gastos cerca de R$ 30 milhões pela Adminstração Municipal.

Na seqüência de ampliação das funcionalidades do sistema de transmissão de informações, foram instalados radares com leitura automática de placas (LAP), com a tecnologia OCR – Optical Character Recognition, ou Reconhecimento Óptico de Caracteres, que possibilita traçar rotas de fuga, facilitando a localização e identificação de veículos roubados.

Para esta fase foram ainda aplicados R$ 19 milhões de investimentos do BNDES na implantação de uma rede de semáforos inteligentes.
 
Integrado à rede de câmeras instaladas pela cidade, o novo sistema semafórico permite o controle de cada fase a partir do fluxo de veículos na via. Esses dados servem também para criar uma “onda verde”, sincronizando estes faróis de trânsito para abrir espaço para carros de polícia, bombeiros e socorro médico, por exemplo, no caso de acidentes detectados pela CIMCamp.

Todas as imagens da central são gravadas e armazenadas. Na evolução do projeto, os agentes dos órgãos da CIMCamp trabalharão nas ruas com palm-tops equipados com câmeras para transmitir as imagens para a Central, explicou o secretário municipal de Cooperação em Assuntos de Segurança Pública, Mário de Oliveira Seixas, ainda durante a primeira etapa.

Agora eu me pergunto: como é que, com essa tecnologia toda, com mais de 330 câmeras, a CIMCamp não consegue evitar as pichações ou na pior das hipóteses identificar os senhores vândalos pichadores, uma vez que TODAS AS IMAGENS SÃO GRAVADAS E ARMAZENADAS?

Falta vontade política?

Falta integração entre a CIMCamp e as Polícias Civil e Militar e também a Guarda Municipal?

Acho inadmissível utilizar-se tanta tecnologia somente para aplicação de multas que somente engordarão as finanças públicas, que muitas vezes não dão nenhuma contrapartida ao cidadão.

Chegou a hora de cobrarmos mais eficiência do poder público para coibir atos de vandalismos e pichações que só emporcalham a nossa cidade.



Não tenho nada contra a arte do grafite, que é coisa muito diferente de vandalismo.

Cidadãos campineiros, cobrem da CIMCamp sobre o que ela anda fazendo com todo esse monitoramento. É um direito nosso, pois foi do nosso bolso que sairam os recursos para a aquisição de toda essa tecnologia!

João Passafaro    

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